Com qual idade devo levar meu filho(a) ao oftalmologista?

Qual idade devo levar meu filho ao oftalmologista?

Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBOP), realizadas em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), todas as crianças saudáveis, sem qualquer alteração perceptível nos olhos podem ser avaliadas por um oftalmologista entre 6 a 12 meses de idade e devem ser avaliadas entre 3 e 5 anos de idade (preferivelmente aos 3 anos de idade).

Devem ser vistas antes disso ou com exames mais frequentes, as crianças que apresentarem quaisquer características listadas abaixo:
– Se a mãe tiver tido doenças infecciosas transmissíveis durante a gestação (como toxoplasmose, sífilis, citomegalovírus ou vírus Zika), ou:
– Se a criança tiver sido prematura extrema (nascida antes de 32 semanas de gestação ou com menos de 1500g), ou:
– Se a criança tiver outros problemas de saúde associados a manifestações oculares, como distúrbios metabólicos, artrite idiopática juvenil ou síndrome de Down, ou:
– Se a criança tiver anormalidades oculares aparentes (por exemplo, teste do olhinho alterado, pálpebra caída, tremor nos olhos ou desvio dos olhos), ou:
– Se a criança tiver parentes próximos com doenças oculares na infância (como catarata, glaucoma ou retinoblastoma), ou:
– Se o bebê ou a criança tiver alterações aparentes dos olhos, por exemplo, teste do olhinho alterado, pálpebra caída, tremor nos olhos ou desvio dos olhos (estrábicos, “vesgo”), ou:
– Se a criança tiver comportamento que pareça que ela não enxerga bem.

Como são feitos os exames de vista no bebê e na criança?

Enquanto a criança não consegue se expressar, os exames feitos não dependem das informações dadas pela criança. O exame oftalmológico pode ser feito desde o nascimento e vai se adequando para cada fase do desenvolvimento visual durante a infância.
A visão, por exemplo, inicialmente é avaliada pelo comportamento de fixar e seguir os objetos, sempre avaliando um olho de cada vez. Depois ela passa a ser medida através de símbolos e desenhos, para então ser quantificada com números e letras.
É preciso dilatar a pupila para fazer o exame completo em qualquer idade. O exame após dilatação da pupila, que é feita com colírios aplicados nos olhos, é fundamental para a medida do grau dos óculos e exame de fundo de olho, ambos exames são imprescindíveis na avaliação de crianças de todas as idades.

Pode dilatar o olho do bebê? Faz mal dilatar a pupila?

Os bebês podem sim ter suas pupilas dilatadas e a dilatação não lhes faz mal. Os colírios e suas concentrações devem ser adequados para cada idade da criança.
Para que serve a dilatação das pupilas?
A dilatação é necessária para realizar um exame oftalmológico completo, ela aumenta o tamanho da pupila, possibilitando uma melhor visualização do fundo do olho, e relaxa a musculatura que faz o foco, permitindo a medida precisa do grau dos olhos (refração).

Quanto tempo dura a dilatação da pupila?

A duração da dilatação depende dos colírios utilizados e das características de cada paciente. Este período varia de 3 a 24 horas e o efeito dos colírios vai passando progressivamente. Desta forma, mesmo com a pupila ainda dilatada o foco pode já estar recuperado.
Pacientes com olhos claros tendem a dilatar mais rápido e permanecerem dilatados por mais tempo. Às vezes, as pupilas retornam ao tamanho normal em momentos diferentes, então a criança pode ficar com uma pupila maior do que a outra durante este processo.
O que o bebê e a criança sentem após dilatar a pupila?
No momento de pingar os colírios, eles sentem um ardor momentâneo, que pode ser mais tolerável com o uso de um colírio anestésico em conjunto. O efeito dos colírios se inicia poucos minutos após serem pingados e causam sensibilidade à luz (fotofobia) e embaçamento da visão, principalmente para os objetos próximos.
É comum as crianças esfregarem os olhos como que para melhorar o embaçamento e crianças menores podem ficar aborrecidas pela dificuldade de enxergar.
Todos estes efeitos vão passando progressivamente, sem deixar sequelas.
Efeitos adversos dos colírios são raros e incluem irritação ocular; efeitos mais graves são extremamente raros e incluem certa confusão, dificuldade de caminhar e convulsões.

Para que serve o exame de fundo de olho?

O exame de fundo de olho serve para avaliar a porção de dentro do olho. Ele permite avaliar a substância que preenche o olho (vítreo) e pode detectar processos infecciosos e inflamatórios nela. Permite avaliar a retina e o nervo óptico, que são as estruturas responsáveis por formar a imagem vista pela pessoa e levá-la ao cérebro para que seja processada.
O exame de fundo de olho pode detectar alterações graves como o retinoblastoma e o descolamento de retina.

Como é feito o exame de fundo de olho?

O exame de fundo de olho é feito após a dilatação das pupilas; o oftalmologista usa um capacete que emite uma luz e uma lente que permite focar esta luz nas estruturas internas do olho, como a retina e nervo óptico. O paciente sente certo desconforto com a luz e tem um ofuscamento momentâneo após o exame.
Quais as principais doenças dos olhos na infância?
As alterações mais comuns na infância são grau de óculos (ametropia, como a hipermetropia, astigmatismo ou miopia), olho preguiçoso (ambliopia), desvio ocular (também chamado de olho torto, vesgo, ou estrabismo), obstrução das vias lacrimais (que levam ao lacrimejamento constante) e pálpebra caída (ptose palpebral).

O que causa cegueira no bebê e na criança?

As causas de cegueira no bebê incluem catarata, glaucoma congênito, retinoblastoma, retinopatia da prematuridade, descolamento de retina e baixa visual por danos cerebrais (como na paralisia cerebral), entre outros.

O que posso ver no olho da criança que pode ser sinal de doença ocular?

Alguns dos sinais que podem sugerir uma alteração visual na infância são:
– Alterações no reflexo vermelho, que podem ser vistos pelos próprios pais através de fotos com flash;
– Pálpebra caída que chamamos de ptose palpebral;
– Não enxergar os pais ou objetos quando estiverem a uma distância um pouco maior
– Desvio ocular (estrabismo). Às vezes, o estrabismo não é tão evidente e apresenta sinais mais sutis como quando as crianças inclinam ou viram a cabeça ao olhar para um objeto de interesse ou ainda quando  fecham um dos olhos para enxergar melhor;
– Lacrimejamento constante, quando os olhos ficam sempre cheios de água.

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Fonte: https://clinicaroisman.com.br/2020/10/28/qual-o-primeiro-exame-de-vista-que-deve-ser-feito-no-bebe/#:~:text=O%20Teste%20do%20Olhinho%20deve,anos%20de%20vida%20da%20crian%C3%A7a.

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