Neofobia alimentar: como superar o medo de experimentar novos alimentos?

Neofobia alimentar: o que é?
Neofobia alimentar infantil é quando a criança sente medo de um alimento novo. A própria palavra explica o significado, pois 'neo é novo e 'fobia' é medo. Você já viu alguma criança que rejeite os alimentos que não conhece ou que tenha crises de stress na hora das refeições? Quando existe a neofobia, a criança tem medo do alimento e precisa sentir-se segura para aceitar. Ela não vai comer se estiver desconfiada.
Transtorno ou mau comportamento?
Os pais devem saber diferenciar uma simples rejeição de algo mais profundo. A neofobia alimentar, embora não seja considerado um transtorno mental, produz esse tipo de problema em crianças. É um mecanismo primitivo que faz as pessoas desconfiarem de alimentos que não conhecem. Pode ter diferentes causas, como experiências traumáticas (intoxicações ou asfixia), e é caracterizado pela rejeição a todos os tipos de alimentos, sem nem mesmo experimentar. Por outro lado, também pode acontecer de a criança desejar expressar sua vontade e, devido a um desejo de independência, rejeitar as sugestões dos pais ‘porque sim’.
Em qualquer um desses casos, é necessário ter paciência e observar bem seus comportamentos. A seguir, daremos alguns conselhos que podem ser usados para superar essa rejeição com sucesso.
Como superar o medo de experimentar novos alimentos:
1. Ser criativo
Os seres humanos são seres muito visuais. Se algo que chega através dos nossos olhos nos agrada, é muito provável que o aceitemos sem pensar muito. Portanto, é muito útil ‘transformar’ a aparência de certos alimentos, especialmente das verduras, para que as crianças os comam.
Um bom exemplo é um sanduíche divertido, com ingredientes que formem uma carinha e que pareçam mais amigáveis para a criança.
2. Incentivar a participação
Se gostamos de escolher nossas refeições, por que não deixamos que as crianças também tenham voz e voto? Podemos propor alternativas saudáveis para elas escolherem.
Além disso, também é uma boa ideia levá-las ao supermercado ou à feira e permitir que colaborem na cozinha.
Assim, elas ficarão orgulhosas de dar sua contribuição e ansiosas para experimentar essa comida que elas mesmas prepararam.
3. Passos curtos, porém firmes
Encher o prato não ajudará em nada se você quiser que seu filho supere o medo de experimentar novos alimentos. Pelo contrário, você deve apresentá-los em suas refeições pouco a pouco.
Algumas opções nesse sentido são cremes e sopas ou bolos e sanduíches, contanto que contenham outros ingredientes que as crianças conheçam e gostem. No caso das frutas, sucos e vitaminas são excepcionais.
Em seguida, diga à criança o que ela experimentou. Dessa forma, ela vai perceber que aquele alimento que odiava não é tão ruim assim.
4. Dar o exemplo
Seria uma verdadeira injustiça obrigar as crianças a comer verduras quando nós mesmos não o fazemos.
Portanto, se você quer que o seu filho coma de tudo e adote hábitos saudáveis, o primeiro passo deve ser seguir essa orientação você mesma. E, é claro, faça isso na frente dele e sem reclamar.
Muitas vezes, mesmo sem querer, estamos educando nossos filhos: somos o modelo que eles têm a seguir e eles nos observam constantemente.
5. Sem pressões
Colocar como condição “comer os vegetais” para permitir uma atividade que as crianças gostam ou, pior ainda, obrigá-las são as últimas coisas que devemos fazer.
Com essas práticas, estaremos apenas reforçando a associação negativa de certos alimentos com situações desagradáveis para a criança. Ou seja: “se eu não comer isso que eu não gosto, não poderei jogar videogame”. Assim, a comida é transformada em um obstáculo, uma imposição que deve ser enfrentada mesmo que não se goste.
6. Insista, não mude o cardápio na primeira reclamação
Se a nossa resposta diante do medo de uma criança para experimentar novos alimentos é dar outra comida de que ela gosta mais, ela dificilmente conseguirá superar esse medo.
Devemos ser pacientes, dar tempo ao tempo e, não gritar com a criança ou fazer escândalo se ela não quiser comer.
Concluindo, a principal recomendação é ser compreensiva. A infância, principalmente entre 2 e 7 anos, é uma etapa de descobertas pela qual cada criança passa à sua maneira.
Você verá que, com o tempo e o exemplo como a principal ferramenta, ela vai seguir seus conselhos e variar a alimentação de maneira saudável.
Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/dino/seletividade-e-neofobia-alimentar-em-criancas-especialista-esclarece-sobre-tratamentos,c8e9986f748680be16c0f3ea251d813f9fckk2zq.html
https://soumamae.com.br/criancas-com-medo-de-experimentar-novos-alimentos-veja-algumas-dicas/
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