Câncer de mama X Maternidade

Maternidade e câncer de mama
Apesar de cada vez mais pesquisas abordarem as implicações deste tipo de câncer, formas de tratamento e prevenção, pouco se fala sobre a relação da doença com o universo materno. Abaixo, confira a resposta para algumas dúvidas frequentes que rondam o universo da maternidade quando se trata de câncer de mama! Afinal, informação é a chave para uma vida melhor!
Não é possível engravidar após ter câncer de mama.
Mito. De acordo com a ginecologista Mariana Forghieri, cirurgiã do IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer), é possível engravidar naturalmente, caso a menopausa química (causada pelo bloqueio dos hormônios na quimioterapia) seja reversível, ou seja, se a mulher voltar a menstruar.
Em uma gestação após o câncer de mama, o bebê corre riscos.
Mito. Não existem evidências de que o câncer de mama tenha efeito direto sobre o bebê. Segundo a Sociedade Americana de Câncer, o risco de bebês concebidos depois do câncer apresentarem defeitos congênitos outros problemas de saúde em longo prazo é praticamente o mesmo de crianças de mulheres que não tiveram a doença.
A mulher que menstrua cedo está mais propensa a ter câncer de mama.
Verdade. A partir da primeira menstruação, a mulher começa a ovular e os hormônios que são produzidos nos ovários podem atuar favorecendo o crescimento ou desenvolvimento de um tumor. Além disso, nesse período há o desenvolvimento das glândulas mamárias. Segundo a ginecologista Mariana, quanto mais precoce é a menstruação, maior o tempo de exposição aos hormônios.
"Quanto mais ciclos hormonais a mulher tem ao longo da vida, maior é o risco de câncer de mama. Desta forma, tanto a menarca precoce quanto a menopausa tardia são fatores de risco", diz a mastologista Heliégina Palmieres, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Gravidez precoce aumenta a chance de ter câncer de mama.
Mito. Na realidade, é o contrário, a gravidez é um fator protetor contra o câncer de mama, sobretudo se a mulher engravida em idade mais jovem, ao redor dos 20 a 24 anos.
Isso porque a gestação interrompe os ciclos menstruais, fazendo um papel preventivo. Uma das justificativas é que, quanto mais ovulações, maiores são os níveis de estrogênio - e maiores também as chances de formação de células cancerígenas. Então ter filhos, principalmente em idade jovem associado a amamentação, reduz o risco de câncer de mama.
Prevenção e diagnóstico
Como a mulher pode perceber a doença?
O sintoma do câncer de mama mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja; também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama, por isso é importante consultar um profissional de saúde.
Como descobrir a doença mais cedo?
Toda mulher com 40 anos ou mais de idade deve procurar um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas anualmente, além disso, toda mulher, entre 50 e 69 anos deve fazer pelo menos uma mamografia a cada dois anos. O serviço de saúde deve ser procurado mesmo que não tenha sintomas!
O que é o exame clínico das mamas?
É o exame das mamas realizado por médico ou enfermeiro treinado para essa atividade. Neste exame poderão ser identificadas alterações nas mesmas. Se for necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia.
O que é mamografia?
A mamográfia é um exame muito simples que consiste em um raio-X da mama e permite descobrir o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno.
O auto-exame previne a doença?
O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no auto-exame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde!
O que mais a mulher pode fazer para se cuidar?
Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar. Essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer.
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Fontes
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